O deputado Ney Leprevost defende o voto aberto em todas as instâncias legislativas. O parlamentar posiciona-se contra o voto secreto dos legisladores desde que era vereador em Curitiba e presidiu a Comissão do Voto Aberto. Na época, Leprevost enfrentou uma série de resistências, mas conseguiu abrir parcialmente os votos na Câmara Municipal de Curitiba. A capital do Paraná foi um dos primeiros municípios do Brasil a abrir o voto dos vereadores.

Na Assembléia Legislativa do Paraná, este ano o voto dos deputados passou a ser aberto desde que foi aprovado um projeto do deputado Nelson Justus extinguindo o voto secreto.

Leprevost acredita que a sociedade deve pressionar o Congresso Nacional para que o voto de senadores e deputados federais também seja aberto. “O voto secreto possibilita a existência do deputado e do senador duas caras. Eles fazem um discurso para o eleitor e votam de maneira completamente diferente, como ocorreu nesta farsa montada para proteger o senhor Renan Calheiros”, afirma Ney.

Ney entende que só o voto dos eleitores é que deve permanecer secreto. “Na época da ditadura fazia sentido um deputado ter voto secreto, agora, com a consolidação da democracia, só o eleitor deve estar protegido por este sigilo para não ser vítima de perseguições. O político tem que assumir seus votos. Isso chama-se transparência”, conclui Ney.