Nesta terça-feira (22), comemora-se o Dia Mundial da Água. Na Capital Ecológica, no entanto, há pouco o que se comemorar. Segundo as informações divulgadas pela própria Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), entre 75% e 85% dos rios e lagos de Curitiba possuem um Índice de Qualidade de Água (IQA) considerado ruim ou péssimo.

O deputado Ney Leprevost enviou expediente a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, pedindo mais ações do Poder Público para preservar e valorizar as nascentes localizadas na capital, e cobrou da Prefeitura de Curitiba a realização de campanhas educativas com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de se preservar a água.

Os dados divulgados apontam que os lagos dos parques da cidade estão em péssimas condições e, para piorar, nos últimos 15 anos pouquíssima coisa mudou. Dos dez locais pesquisados, nove estavam em condições de degradação. O Parque São Lourenço e o Passeio Público, por exemplo, aparecem em condição “muito ruim/muito poluído” desde 2001. Já o Parque Tanguá, que possui a melhor condição entre os parques da cidade, aparecendo como “moderadamente degradado/aceitável”, viu sua situação piorar neste período, com o IQA subindo de 3,4 para 3,5, atingindo o limite entre “moderadamente degradado” e “criticamente degradado a poluído”. Em toda a cidade, apenas a nascente do Rio Tapajós é considerada em “boas” condições.

A situação alarmante se repete quando analisadas as informações sobre as sub-bacias (áreas de drenagem dos afluentes do curso d’água principal) da cidade. De acordo com a (SMMA), das 96 áreas analisadas (de um total de 120), 77% apresentaram IQA ruim (62,5%, ou 60 sub-bacias) ou péssimo (14,5%, ou 14 pontos).

Além dos resultados negativos, outras 21 sub-bacias (21,8% do total) tiveram IQA razoável e apenas um com IQA bom. Nenhuma sub-bacia de Curitiba alcançou um IQA considerado ótimo.

(Via Assessoria de Imprensa – Rodrigo França)