Tolerância e respeito foram as palvras mais citadas na sessão que marcou os 120 anos de imigração dos judeus no Paraná, ocorrida nesta quinta-feira pela manhã, na Assembleia Legislativa do Paraná.
O deputado Nelson Justus, presidente da ALEP, elogiou a iniciativa da sessão proposta pelo deputado Ney Leprevost. É importante resgatarmos os fatos históricos e valorizar a contribuição de cada uma das etnias que ajudaram a construir o Paraná, afirmou.
Em seu discurso, Leprevost, que é neto de imigrantes árabes e católico, destacou a constribuição dos judeus para o desenvolvimento do Paraná:Eles tiveram e tem papel fundamental na indústria e no comércio, gerando empregos e arrecadação tributária; contribuíram muito também nas ciências, na medicina e nas artes, afirmou Ney.
Leprevost aproveitou para lembrar que, no Paraná, os judeus e os muçulmanos tem um ótimo relacionamento e pedir paz no Oriente Médio: A árvore genealógica de judeus, cristão e muçulmanos é a mesma. As 3 principais religiões monoteístas descendem de Abrahão. Isto está claro na Bíblia, na Tora e no Alcorão. Somos todos irmãos, lembrou Ney.
Leprevost enfatizou que o mundo precisa de mais tolerância e respeito à diversidade religiosa, étnica, sexual, cultural e ideológica.
Durante a solenidade, a Federação Israelita do Paraná, através do professor Manoel Knopfholz e a Kehilá do Paraná, presidida por Ester Proveller, foram homenageadas. O ex-prefeito de Curitiba, Saul Raiz, que compareceu à solenidade se emocionou quando foram lembrados nomes de judeus ilustres que já faleceram, como o médico Moisés Paciornik e a secretária da Criança, Fany Lerner.
Aqui no Paraná, judeus católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos e budistas vivem irmanados em uma mesma catedral, a catedral da democracia, afirmou Ney Leprevost.