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Parecer de Leprevost ao projeto sobre doação de medula óssea é favorável

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 O deputado Ney Leprevost, presidente da Comissão de Saúde da ALEP, deu parecer favorável ao projeto de lei de autoria do deputado Artagão de Mattos Leão Júnior, que institui a semana da conscientização do doador de medula óssea no Paraná.

 Segundo Leprevost, o projeto tem um objetivo nobre: A doação de medula óssea ainda é pouco difundida e muitas pessoas não fazem o procedimento por falta de informação. Orientar a população sobre como uma ação simples, que não compromete de maneira alguma a saúde de quem doa, pode salvar vidas de pacientes com leucemia é muito importante; assim, também poderemos aumentar o cadastro de doadores, avalia.

O PROJETO: Acompanhe na íntegra o projeto de número 528/ 2008 do deputado Artagão Jr:

Art. 1º Fica instituída a 2ª semana de dezembro como a Semana de Conscientização do Doador de Medula Óssea em todo o estado do Paraná.

Art. 2º Os hospitais e locais de coleta de material de toda rede pública de saúde quando do cadastro de doa­dores, deverão dar prioridade no atendimento para o voluntário ao exame de compatibilidade de medula óssea.

Parágrafo Único. A prioridade prevista no caput deste artigo visa estimular o voluntário à doação de medula óssea. Nenhum entrave ou demora deverá existir, que signifique qualquer tipo de embaraço e dificuldades ao doador que impeçam ou desestimule-o, salvo os pro­cedimentos normais de coleta, e cadastramento.

Art. 3º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

A Razão do Projeto – Apresento este projeto de lei aos senhores Pares para criar legalmente e como instrumento motivacional a semana de conscientização de doadores de medula óssea tendo em alta conta a luta travada pelos órgãos responsá­veis à obtenção de doadores, procedimento este que cura definitivamente os portadores de leucemia sem causar nenhum prejuízo ao doador como veremos adiante

  A grande dificuldade enfrentada pelos dependentes de medula óssea (pacientes com leucemia) é encontrar o doador compatível, condição esta que segundo dados dos órgãos responsáveis pelo serviço de coleta, REDOME, ou Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, um doador de medula óssea é encontrado na proporção de 1/ 1.000.000 de pessoas, ou seja, para cada um milhão de pessoas é encontrado um doador compatível causando grandes traumas e agravamento do câncer nos pacientes portadores da doença pela longa espera que se trans­forma, via de regra, em verdadeiro calvário para os parentes, amigos e sobretudo para o paciente. Já entre os familiares a proporção de compatibilidade é de 2,5 pessoas para cada 10 integrantes da família.

 A necessidade de ampliação do cadastro de doado­res é fundamental para amenizar o sofrimento dos pacien­tes que aguardam ansiosamente por um doador compatível. Com o número de pacientes brasileiros, cerca de 30% das pessoas encontraria um doador no país, em caso de um cadastro mais amplo. Até julho deste ano, o REDOME contava com 760 mil 540 cadastros. Apesar dos avanços, em 2002 eram apenas 40 mil, o Brasil ainda está engatinhando nessa batalha. O National Marrow Donor Program, o REDOME dos Estados Unidos, tem 9 milhões de cidadãos cadastrados, o que evidencia o grau de conscientização daquele país.

 Embora alguns hospitais realizem a Semana Naci­onal do Doador de Órgãos de Tecidos para Transplantes, muita coisa ainda há por fazer quanto aos doadores de medula óssea. Em Curitiba, hospitais como a Santa Casa de Curitiba e o Hospital Universitário Cajurú organizam uma série de ações, visando conscientizar a população para a importância da doação de órgãos. Para a chefe  técnica da Central Estadual de Transplantes do Paraná, Schirley Batista Nascimento, esses eventos também auxiliam na desmistificação. Muitas pessoas não acei­tam a doação, por medo de que o corpo fique deformado. Mas isso não ocorre de jeito nenhum, diz.

 Assim que contamos com os Srs. Pares desta Casa de Leis para apoiarem essa iniciativa, que não é só nossa, mas de todos aqueles que com empatia enxergam e sen­tem a dor dos pacientes e dos familiares que lutam pela sobrevivência daqueles que lhe são queridos.

Leucemia – O Calvário do Paciente – Leucemia é o nome dado a cânceres no sangue. Ocorre quando a medula óssea produz grande quantidade de células brancas diminuindo assim a produção das célu­las vermelhas e plaquetas. Com a produção exagerada de células brancas, estas não conseguem atingir a maturi­dade e adoecem impedindo que suas funções sejam desempenhadas normalmente.

 Tais alterações provocam anemia, infecções, hemorragias e manchas no organismo, pois os glóbulos vermelhos que levam o oxigênio por todo o corpo, os gló­bulos brancos que combatem vírus e bactérias e as pla­quetas que auxiliam na coagulação do sangue não mais desempenham suas funções adequadamente. Pode ser lin­fóide, quando as células anormais afetam os linfócitos, e mielóide, quando as células anormais afetam as células mielóides. Ainda pode ser classificada como aguda, quando há o crescimento quantitativo de células sanguí­neas imaturas, e crônica quando há o crescimento quanti­tativo de células sanguíneas maduras e anormais.

 Apesar de não se conhecer as causas que originam a leucemia, acredita-se que pode haver ligações genéti­cas, radiação, poluição, falhas no sistema imunológico e outros. As células anormais presentes no sangue podem se impregnar em outros tecidos como nos rins, amígda­las, baço, linfonodos, sistema nervoso central e outros. Nesse período aparecem algumas manifestações clínicas como palidez, tontura, anorexia, cansaço, sonolência, hematomas, sangramento nasal, infecções, afta, febre, sudorese, dor nos ossos e articulações, etc. Tais sinto­mas aparecem de forma isolada ou não, mas a partir des­tas manifestações é que será feito o diagnóstico por meio de hemograma, mielograma, punção lombar ou citometria de fluxo.

 O tratamento é variável de acordo com a classifica­ção da doença, mas independente de como é feito, busca destruir as células anormais a fim de que a medula óssea consiga produzir novamente células normais. Podem-se utilizar transfusões e quimioterapia isolada ou associada à terapia ortomolecular ou naturopática.

O Calvário do Doador: Existem milhares de pessoas doadoras, voluntá­rias, magnânimas, porém quando decidem fazer a doação da medula enfrentam um verdadeiro calvário de dificul­dades, começando pelo despreparo dos centros de coleta do material. Segundo a demora no atendimento custa ao doador a impossibilidade na maioria das vezes de poder esperar até que o centro de coleta possa atender.

Veja, passo a passo, como funciona a doação de medula óssea no Brasil:

– é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e boa saúde;
– é necessário se cadastrar como doador voluntário em um Hemocentro;
– no cadastramento, os voluntários doam apenas 10ml de sangue;
– essa amostra passa por um exame de laboratório, chamado teste de HLA, que determina as características genéticas do possível doador;
– as informações são colocadas, em um cadastro nacional, o REDOME, ou Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea;
– quando alguém precisa de transplante, os técnicos do REDOME fazem a pesquisa de compatibilidade por entre os registros de todos os doadores cadastrados;
– se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer outros exames de compatibilidade gené­tica. se o perfil coincidir com o do paciente que precisa do transplante, o voluntário decide se realmente quer doar;
– durante a doação, o doador recebe anestesia geral. com uma agulha, a medula é aspirada do osso da bacia;
– a quantidade de medula doada é de apenas 10% da medula total. Em 15 dias ela já estará recomposta.

Semana conscientiza para doações – A Semana Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos para Transplante começou ontem. Em Curitiba, hospitais como a Santa Casa de Curitiba e o Hospital Universitário Cajurú organizam uma série de ações, visando conscienti­zar a população para a importância da doação de órgãos. Para a chefe técnica da Central Estadual de Transplantes do Paraná. Schirley Batista Nascimento, esses eventos tam­bém auxiliam na desmistificação. Muitas pessoas não aceitam a doação, por medo de que o corpo fique defor­mado. Mas isso não ocorre de jeito nenhum, diz.

 Nos últimos anos, o número geral de transplantes no estado tem crescido (veja infográfico). A expectativa é que neste ano supere o desempenho de 2007. Conforme Schirley, o menor tempo de espera na fila de órgãos, geralmente, é para o transplante de córnea, enquanto o mais demorado é o de fígado.

Exemplo – Em pouco mais de um ano na fila de espera, Estru­gildo Hannemann foi beneficiado com um novo coração. Sou eternamente grato por isso. na hora da dor, é sabido que é muito difícil reconhecer a necessidade de outra pes­soa. Além do órgão, o aposentado, de 58 anos, criou uma nova família. Sou considerado como um filho pela pessoa que autorizou a doação do órgão. Acho que só o fato de ver outra pessoa andando e vivendo normalmente é gratificante para a família de quem doa.

 A angústia da família Silva teve início em novem­bro do ano passado. Carolina começou a sentir fraqueza e desmaiar. O ápice dos problemas ocorreu no início de janeiro, quando o maxilar da adolescente travou. Em um primeiro momento, diagnosticou-se reumatismo. Exames mais detalhados, porém, revelaram que se tratava de leu­cemia. Graças a Deus, diagnosticamos a doença no iní­cio. E olha que 80% da medula já estava tomada. Se tivéssemos descoberto mais tarde, a situação seria ainda mais complicada, explica Silva. Foi um misto de alívio e de sofrimento, completa.

 Danielli Oliveira, médica do Registro de Receptores de Medula Óssea (REREME), comemora os avanços conquistados pelos dois cadastros – REDOME e REREME. De acordo com Danielli, as chances de encon­trar um doador na família são de 25%, mas, caso nin­guém próximo seja compatível, a probabilidade cai para uma em um milhão. Com o número de pacientes brasi­leiros, cerca de 30% das pessoas encontraria um doador no país, em caso de um cadastro mais amplo, afirma. Até julho deste ano, o REDOME contava com 760 mil 540 cadastros. Apesar dos avanços – em 2002 eram ape­nas 40 mil – o Brasil ainda está engatinhando nessa bata­lha. O National Marrow Donor Program, REDOME dos Estados Unidos, tem 9 milhões de cidadãos cadastrados.

Doador – Os dois procedimentos normalmente utilizados para a retirada da medula óssea do doador são simples e não oferecem quaisquer riscos à saúde. O procedimento mais usado é a efetiva doação da medula óssea, que requer anestesia geral. Normalmente, o doador sente apenas um desconforto quando acorda e recebe uma bolsa de seu próprio sangue, retirado uma semana antes, esclarece Marcelo Veiga, médico do serviço de hemote­rapia da UFPR. Dependendo da evolução, pode até ir embora no mesmo dia.

 O outro método é conhecido como aferese. Trata-se de uma máquina processadora de sangue, que faz, de acordo com o caso, uma a duas sessões – que variam de quatro a cinco horas – colhendo sangue do braço de quem doa sangue. O doador recebe um medicamento, que faz com que as células responsáveis pelo crescimento da medula óssea se mobilizem por todo o corpo, diz Veiga.

 De qualquer maneira, os processos são seguros para quem doa. Você perde um dia de trabalho. E sabe que vai salvar os dias de uma outra vida, resume Edenilson Ferreira da Silva.

 

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