Informações foram omitidas da Assembléia Legislativa
Há cerca de 15 dias atrás, o deputado Ney Leprevost recorreu ao Ministério Público para tentar obter informações sobre as compras de medicamentos feitas em 2006 com dispensa de licitação. O parlamentar tomou esta atitude devido às dificuldades para aprovar um Pedido de Informações sobre o assunto. Agora, o próprio governador Roberto Requião, ao afirmar na reunião da Comissão Mãos Limpas que existe uma máfia dos medicamentos no Paraná, demonstra que ao recorrer à Procuradoria de Investigações Criminais para tentar obter cópias das compras de remédios feitas sem licitação, Leprevost estava coberto de razão. O caso é mesmo de polícia: Requião revelou que pediu providências à Polícia Federal.
O mais interessante é que na semana retrasada, durante a prestação de contas de 2006, no plenário da Assembléia Legislativa, diante de dezenas de deputados, o Secretário de Saúde Cláudio Xavier negou categoricamente que soubesse de qualquer irregularidade envolvendo as compras de remédios.
As contradições entre o que afirmou o governador e o que disse o Secretário de Saúde, devem esquentar o depoimento que o titular da pasta irá prestar nesta quarta-feira, às 10 horas, na Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa.
Leprevost quer saber por que Xavier omitiu estas informações dos deputados. O parlamentar também irá pedir que o Secretário forneça o nome dos laboratórios farmacêuticos e dos advogados que segundo o governador integrariam esta máfia. E mais, Leprevost vai cobrar um prazo para que a entrega de medicamentos excepcionais às pessoas realmente doentes seja normalizada.
O presidente da Comissão de Saúde, Ney Leprevost, informou que se as alegações do governador forem confirmadas amanhã pelo Secretário, a Comissão poderá iniciar uma investigação sobre a suposta máfia dos remédios. No entanto, o parlamentar deixa claro que vai continuar cobrando urgência na entrega dos medicamentos para as pessoas que necessitam dos mesmos.