A Comissão de Saúde continua investigando a denúncia de que existe uma máfia de remédios no estado do Paraná. A informação foi divulgada pelo governador Roberto Requião na reunião da Comissão Mãos Limpas da semana passada.

Nesta quarta-feira, a advogada Ivone Razolin, que ingressou com mais de 60 liminares contra a Secretaria Estadual de Saúde vai ser ouvida na Assembléia Legislativa, às 10h30, na sala das Comissões.

“Convidamos a advogada porque ela foi campeã de ações contra o Estado para compra de um mesmo medicamento. Queremos saber se existe alguma influência dos laboratórios farmacêuticos ou se foi um trabalho para realmente atender aos doentes”,a firma o deputado Ney Leprevost.

O parlamentar faz questão de deixar claro que até agora não existe nenhuma prova que confirme, de maneira inequívoca, as declarações do governador de que médicos, advogados e laboratórios estariam por trás de uma indústria de liminares para compra de remédios excepcionais. “Esta questão tem que ser muito bem esclarecida para que a suposta existência de uma máfia, não atrase ainda mais o fornecimento de remédios para as pessoas carentes”, alerta Ney.

No último dia 20, quando esteve na Assembléia Legislativa, o secretário de Saúde Cláudio Xavier não confirmou nem negou a existência da máfia dos laboratórios. Restringiu-se a garantir que até o dia 1º de julho o abastecimento de remédios estará normalizado no Paraná. “Junho é o último mês que os paranaenses ouvem falar em falta de remédios”, afirmou o secretário.

Promessa será cobrada

Para garantir que a promessa seja cumprida, o deputado Ney Leprevost convocou uma outra reunião da Comissão de Saúde para dia 04 de julho com todas as entidades que representam os portadores de doenças cujo tratamento depende de remédios excepcionais. “Vai ser uma oportunidade para avaliarmos como estará o fornecimento de remédios para essas pessoas que têm sofrido muito nos últimos meses”, afirma o parlamentar.