O deputado Ney Leprevost ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa para posicionar-se contra a proposta de emenda à Constituição Estadual (PEC), que tenta impedir a participação de policiais militares e civis no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual (MP).
O MP classificou a PEC como desprezível e equivocada, pois tem por objetivo inviabilizar a sua atuação no combate à corrupção e ao crime organizado.
A proposta pretende vedar a cessão, disposição funcional, requisição, celebração de convênio ou termo de cooperação, ou ainda a prestação de serviços por servidores públicos, policiais civis e militares a outros poderes e órgãos da administração pública estadual, inclusive o Ministério Público.
Tudo começou depois que o Gaeco cumpriu mandados de busca e apreensão de vários documentos e diários oficiais dentro da Assembleia Legislativa. O Gaeco, que tem sede em Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Guaíra e Maringá, não atua somente na investigação de crimes de corrupção, mas também contra o crime organizado.
Em momento algum eu fui procurado para assinar esta PEC, e se tivesse sido, jamais assinaria. Eu entendo que neste momento, qualquer tentativa de retaliação ao Ministério Público representará um tiro no pé de todos os deputados. Não serão com medidas truculentas que as investigações irão parar. Temos que trazer a sociedade para dentro da Assembleia Legislativa, para que possamos ouvir as propostas de projetos e ideias que ela tem a nos colocar, tornando mais transparente a atuação parlamentar, afirma Ney Leprevost.