Falta de regulamentação da Lei Federal coloca o Paraná em índices elevados de mortalidade materna
Levando em conta os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em que 140 mil mulheres morrem todos os anos, em todo o mundo, vítimas de hemorragia pós-parto e que isto pode ser acarretado por falta de atendimento imediato, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Ney Leprevost criou o projeto de lei que garante a presença de um acompanhante da gestante nos hospitais da rede pública ou conveniados do SUS.
Este fato também está preocupando o secretário Estadual de Saúde, Carlos Augusto Moreira Junior, que diz que é muito alto o índice de óbito das mães durante as primeiras 24 horas após o parto nas unidades da rede pública. Segundo ele, esta estatística poderia ter grande diminuição com a presença de um acompanhante observando todas as reações da parturiente durante todo o período, uma vez que não há possibilidade do corpo de enfermagem conseguir desempenhar tão importante papel a cada uma das pacientes da maternidade.
As mais recentes pesquisas indicam que a presença de um acompanhante nas etapas do parto pode diminuir em 50% as taxas de cesariana, em 20% a duração do trabalho de parto, em 60% os pedidos de anestesia, em 40% o uso da oxitocina e em 40% o uso do fórceps, compensando os gastos que podem advir com a permissão da presença desse acompanhante.
Não há como questionar a importância de um acompanhante de confiança da gestante no processo do parto, pois neste momento da vida da mulher a sensibilidade fica extremamente elevada, o que, sem o devido apoio, pode causar partos complicados e sofridos, afirmou Ney.
Atualmente no Paraná, as gestantes ainda não têm direito a acompanhante em partos feitos pelo SUS, já que a lei federal não está regulamentada. É isto que o projeto de Leprevost vem corrigir.