A saúde publica entrou em colapso.E não é difícil antever um estado de calamidade pública este ano a partir de uma epidemia com a gripe Influenza A- H1N1 no Paraná .
O alerta é do deputado Ney Leprevost, líder da Frente Estadual da Saúde e Cidadania que vem fazendo inúmeras ações junto ao Governo Federal pedindo fornecimento gratuito da vacina contra a gripe Influenza A- H1N1 a todas as pessoas residentes no Paraná que assim desejarem, independente de integrarem ou não o grupo de risco.
Lembrando que já havia denunciado as 60 mortes no Paraná, no ano passado, devido negligência do Ministério da Saúde, Leprevost disse que a situação está ficando a cada dia mais grave com a informação de que postos privados estão com dificuldade para conseguir o produto e o custo para o consumidor subiu até 70% desde 2009. Ou seja, mesmo pagando, a população está com dificuldades de fazer a vacina, disse o deputado.
Salienta o deputado que especificamente no caso do Paraná, a União desconsidera as peculiaridades climáticas de nossa região, cujo inverno é dos mais frios do país, o que favorece a disseminação da Gripe Influenza A – H1N1 entre os paranaenses mais do que nas outras regiões do Brasil.
E prossegue: Daí o erro de se fixar critério uniformes para todo país, em lugar de se ajustar a campanha às características climáticas de cada região.
SITUAÇÃO GRAVE
Segundo Leprevost a procura pela vacina contra a gripe mal começou e alguns postos privados já não têm doses disponíveis. A alegação das clínicas particulares do Paraná é de que a capacidade de fabricação dos grandes laboratórios mundiais não acompanha a crescente demanda nacional. Há ainda a suspeita de que algumas distribuidoras provocam o desabastecimento para vender lotes de vacinas até três vezes mais caras.
Essa situação é séria.Se o Ministério da Saúde tivesse acatado a nossa solicitação apresentada no início do ano passado e disponibilizado a vacina contra a gripe para todos, nós não teríamos estas mortes em nosso Estado. E da maneira que as coisas estão andando, este ano o número de óbitos pode ser maior.
Salientou Ney Leprevost que o Ministério da Saúde achou por bem estabelecer um chamado grupo de risco composto por presos, pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a cinco anos , indígenas, gestantes, mulheres de até 45 dias após o parto(em puerpério) profissionais de saúde, além dos doentes crônicos.
Para Leprevost,numa primeira etapa deveriam ser vacinadas todas as crianças em período escolar e professores também.Depois a vacinação seria estendida para todos.
Segundo Leprevost a nós Deputados estaduais, vereadores, senadores cabe o dever de cobrar, fiscalizar, denunciar e apresentar sugestões viáveis para melhorar a saúde e a educação em nosso País.Aos governos cabe implantar as ações.
Falando especificamente sobre a vacina para combater o vírus H1 N1 da Gripe Influenza, Ney Leprevost disse que nós precisamos dessa vez uma atitude mais incisiva da bancada federal do Paraná, lá em Brasília, para mostrar para o novo Ministro da Saúde que ele não deve cometer o mesmo erro do ex- Ministro Padilha, sonegando as vacinas para a população paranaense.