O tratamento do lixo é um desafio em qualquer cidade, mas em Curitiba, que era a “Capital Ecológica”na época de Jaime Lerner, no bairro da CIC, o mais populoso da cidade, um aterro sanitário funciona dentro do perímetro urbano e em frente uma estação de tratamento de água .
Segundo a Lei Federal nº 9.605/98, em seu art. 54, é crime ambiental causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. Mas a presença de um lixão na CIC está interferindo na qualidade de vida da população.
O aterro é propriedade do grupo Solví Essencis Ambiental, que pertence a uma corporação francesa chamada Companhia Suez, especializada na implantação de lixões pelo mundo.
Para se ter uma ideia, os resíduos estão sendo enterrados a poucos metros da Estação de Tratamento de Água da Sanepar, ao lado da Casa de Custódia de Curitiba, do Colégio Bagozzi e de inúmeros bairros populares como Moradias Corbélia, Moradias Camargo, Sabará e as Ocupações Dona Cida, Nova Primavera e Tiradentes.
Incomodados com a poluição ambiental e o mau cheiro causado pelo aterro, os moradores da regional CIC, chamaram o deputado Ney Leprevost, coordenador da Frente Parlamentar da Medicina, para ouvir as denúncias contra o lixão que, segundo eles, não estaria cumprindo as normas de proteção à saúde e ao meio ambiente.
Os resíduos sólidos lançados acarretam grandes problemas de saúde pública e impactam diretamente o meio ambiente. Pois, com o acumulo de lixo, começa a proliferação de insetos causadores de doenças, gera mau odor, poluem o ar, o solo e os mananciais, além de atrair animais que se alimentam dos resíduos.
De acordo com o deputado Ney Leprevost, a deposição irregular de resíduos sólidos é um dos maiores geradores de impactos ambientais, contribuindo com o cenário de degradação ambiental.
“A pedido dos moradores da CIC, vou protocolar expediente oficial pedindo investigações sobre este aterro ao Governo do Paraná e também a Polícia Federal, Polícia Civil, Procuradoria Geral da República, Ministério Público do Paraná, Ministério da Justiça e GAECO. Se o aterro estiver contaminando a água consumida pelos curitibanos, não medirei esforços pra levar os responsáveis as barras da Lei. Não tenho medo de lutar contra as corporações estrangeiras que exploram o solo da nossa pátria”, afirmou Leprevost.
(Via assessoria de imprensa)
