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COMISSÃO DE SAÚDE RECOMENDA – Limpar lentes de contato com soro favorece infecções

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JULLIANE SILVEIRA – da Folha de S.Paulo

O hábito de substituir as substâncias específicas por soro fisiológico na limpeza das lentes de contato pode levar a infecções ou alergias nos olhos, alertam oftalmologistas.

De acordo com especialistas, o uso errado é comum –tanto por desconhecimento sobre os riscos da substituição quanto pelo preço muito superior do produto específico (conhecido como solução multiúso).

Mas o soro não limpa nem desinfeta a lente, propiciando acúmulo de bactérias, gordura e proteínas. “Pode haver alteração na superfície da córnea, os micro-organismos podem causar úlcera e até perda de visão, além de outras sequelas importantes”, diz César Lipener, chefe do setor de lentes do Instituto da Visão da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

“Antigamente, os produtos para desinfecção da lente eram tóxicos para os olhos e, por isso, recomendávamos que se enxaguasse com soro. Muitos incorporaram o hábito”, afirma.

Segundo o oftalmologista Mário Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, as lesões na córnea causadas por lentes contaminadas são uma das principais indicações de transplante de córnea entre jovens. “A recomendação mundial para evitar problemas é limpar e conservar as lentes com soluções multiúso”, diz.

Além de não desinfetar corretamente, o soro propicia problemas: a maioria dos que são vendidos em farmácia contém substâncias químicas, usadas como preservativos, que podem ser tóxicas.

“O paciente usa o produto e sente desconforto, fica com o olho vermelho, irritado. Acaba atribuindo à lente, mas, na verdade, é o soro”, diz Lipener. Pela mesma razão, a prática de pingar soro diretamente nos olhos é contraindicada.

“Dependendo de como ele é armazenado, pode haver colonização de germes. Durante o banho, é feita uma boa limpeza dos olhos e dos cílios, não é preciso usar o produto no dia a dia”, explica o oftalmologista Eduardo Rocha, especialista em doenças externas do Hospital Oftalmológico de Brasília.

Experiência – A promotora de eventos Bianca Maluf de Pinho, 26, já sofreu problemas sérios em decorrência do mau uso. “Eu dormia com a lente, limpava somente com soro… Como não dava problema, continuava fazendo errado”, conta.

Há cinco anos, começou a sentir dores fortes nos olhos. Foi constatada uma inflamação grave na córnea. “Comecei a fazer as coisas direito, mas mesmo assim os olhos estavam debilitados e doíam com a lente.”

Bianca teve de ficar cerca de seis meses sem usar lentes para cuidar do problema e, até hoje, não pode usá-las diariamente, pois sente irritação e vermelhidão. “Faço tudo certo, mas hoje meus olhos não aguentam”.

Cuidados – Para evitar problemas, as lentes devem ser desinfetadas diariamente. Se o usuário tem alergia ou sensibilidade ao produto (o que ocorre raramente), é possível enxaguar as lentes com soro proveniente de pequenas ampolas de 10 ml (que podem ser descartadas) ou o do tipo não preservado -também vendido em farmácia.

Recomenda-se limpar o estojo uma vez por semana e trocá-lo a cada três meses -após esse tempo, a embalagem começa a reter resíduos que favorecem a adesão de bactérias.

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