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Comissão de Saúde recomenda – Remédio e dor crônica favorecem queda

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Autor: GABRIELA CUPANI e RACHEL BOTELHO
Fonte: Folha de São Paulo
30/11/2009
 
Idosos com dor crônica nas articulações ou que tomam sedativos e antidepressivos, entre outros medicamentos, correm mais risco de sofrer quedas, demonstram duas novas pesquisas americanas. Quedas, principalmente quando envolvem fratura, são uma causa importante de morte entre idosos.

Um dos estudos, uma metanálise publicada no periódico “Archives of Internal Medicine”, avaliou os efeitos de nove classes de medicamentos em mais de 79 mil participantes de 60 anos ou mais.

Os resultados mostram que as quedas de idosos estão associadas principalmente a sedativos prescritos para dormir e a remédios para tratar distúrbios de humor -principalmente os antidepressivos.

Antipsicóticos e neurolépticos, usados para tratar esquizofrenia e outras psicoses, e benzodiazepínicos (como o Valium) também foram bastante associados ao evento.
O geriatra Clineu Almada Filho, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que muitas drogas agravam a hipotensão arterial (pressão baixa) postural, a que os idosos já estão sujeitos. “Quando o idoso levanta rápido, fica normalmente um pouco atordoado e, ao usar certos medicamentos, isso se agrava. Diuréticos, psicotrópicos sedativos ou antipsicóticos -indicados para quadros confusionais, demência- têm esses efeitos colaterais”, afirma. Ele lembra que a interação de vários remédios, usados para tratar doenças crônicas, também pode causar hipotensão postural.

Dores crônicas
No outro estudo, publicado no “Jama” (periódico da Associação Médica Americana), os pesquisadores acompanharam 749 idosos. No início da pesquisa, 40% deles reportaram sentir dores crônicas em mais de uma junta e 24%, em uma única. Ao fim de 18 meses, ocorreram 1.029 quedas -sendo que mais da metade caiu ao menos uma vez no período.

Entre os participantes que apresentavam dor crônica em duas ou mais articulações, o risco de queda foi 50% mais alto do que entre os que não tinham dor. Aqueles que afirmaram sentir dores mais severas ou que interferem na realização de atividades diárias foram mais suscetíveis ao problema.

Segundo Almada Filho, a degeneração das articulações é muito comum nessa faixa etária, e cerca de 70% dos idosos se queixam de dor articular, geralmente em articulações como joelhos, quadris e coluna.

“É claro que isso interfere no equilíbrio. Ao andar e firmar o pé, ele sente dor e tenta compensar com um ajuste, ficando mais suscetível à queda”, diz.

“Idosos que já têm doenças como osteoartrite ou artrose têm limitações funcionais que facilitam as quedas”, completa Claudio Corrêa, coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.

Estudos apontam um risco de morte de cerca de 50% no período de um ano após a queda. Corrêa observa que a imobilidade facilita infecções pulmonares e urinárias, entre outras, que podem ser graves porque o sistema de defesa do idoso se encontra mais debilitado.

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