Ao lembrar a data de 8 de março, neste sábado, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, o deputado Ney Leprevost disse acreditar que uma maior participação feminina na política é uma forma de ampliar a democracia.
Segundo Leprevost, pensar no papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira (mais especificamente sob a ótica da política) é sempre um exercício interessante.
Ney conclamou as mulheres a participar do momento político, pois assim será possível minimizar as dificuldades de acesso das mulheres à política e tomar conhecimento sobre a importância da representatividade feminina no poder.
Segundo ele, um estudo da União Interparlamentar, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), colocou o Brasil em 120º lugar em um ranking da proporção de mulheres nos parlamentos, o que significa estar atrás de países islâmicos como Paquistão, Sudão e Emirados Árabes Unidos.
Leprevost lembra que no Brasil,continuamos sem ações eficientes que atendam direta e majoritariamente os problemas femininos, como gravidez na adolescência, aumento de creches e de programas de saúde para a terceira idade e educação para a inserção profissional da mulher.
O deputado que é Lider da Frente Estadual de Saúde e Cidadania, citou que tem feito muitas ações na área de saúde e que muitas delas dizem respeito diretamente à mulher. Mencionou, por exemplo, quando denunciou recentemente o governo federal por negar prevenção ao câncer de mama, quer por força da portaria 1.253, impede que mulheres com até 49 anos não têm mais o direito de detectar precocemente o câncer de mama.
Ney Leprevost defendeu também que todas as mulheres paranaenses devem se rebelar contra esta decisão equivocada do Ministério da Saúde e exigir a mamografia. No Paraná a Lei 16.600 de 09/11/2010, de sua autoria, estabelece que todas as mulheres, mediante recomendação médica, poderão requerer na rede pública de saúde o exame mamográfico gratuito para prevenção do câncer.
A portaria federal classificada por Leprevost como um desrespeito ao ser humano restringe o repasse de verbas da União aos municípios a mamografias em pacientes na faixa etária de 50 a 69 anos.
E enfatiza: com certeza com participação das mulheres na política, medidas negativas como essa não chegariam a ser aprovadas.
HISTÓRIA DO 8 DE MARÇO
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).