O deputado Ney Leprevost, líder da Frente Estadual da Saúde e Cidadania, assinou projeto de lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da realização, do teste da lingüinha em todo Paraná . De acordo com o projeto, as maternidades e os hospitalares públicos e privados ficam responsáveis por realizar o protocolo de avaliação do frênulo da língua em recém-nascidos. A realização deste exame deverá ser feita por um fonoaudiólogo ou profissional de saúde devidamente capacitado e credenciado, dentro da própria unidade hospitalar e antes de o recém-nascido ser liberado.
Segundo Leprevost, a finalidade da proposta é diagnosticar precocemente problemas como a sucção na amamentação, deglutição, e, posteriormente, a mastigação e a fala. A falta de critérios padronizados para o diagnóstico e a classificação das alterações de frênulo da língua (prega que conecta a língua ao assoalho da boca e que permite a parte anterior desse órgão mover-se livremente) é uma das maiores críticas dos profissionais que trabalham com bebês. A partir do teste da linguinha, contudo, a possibilidade de se detectar os problemas se torna uma realidade.
E complementa o projeto de Leprevost: deverá o profissional de saúde comunicar a família o resultado da avaliação, para que possa agendar a cirurgia corretiva através do Sistema Único de Saúde SUS.
EXAME PIONEIRO
Leprevost informa que o exame, pioneiro no mundo para detectar a língua presa, é baseado num protocolo criado pela fonoaudióloga Roberta Martinelli, de São Paulo. Em alguns municípios do estado de São Paulo e em Mato Grosso do Sul, o teste já é obrigatório, e coberto pelo Sistema único de Saúde (SUS). O exame leva menos de cinco minutos para ser realizado.
E enfatiza Existem graus variados de língua presa, interferindo na livre movimentação da língua dos bebês, causando o desmame precoce, baixo ganho de peso, comprometendo o desenvolvimento dos bebês. Por isso a importância de haver um teste que leva em consideração os aspectos anatômicos e funcionais para fazer um diagnóstico preciso e indicar ou não a necessidade da realização do pique na língua.