O número de doadores corresponde à metade da demanda gerada
Doar sangue é doar vida. O grande problema é que a maioria das pessoas só faz a doação quando conhece alguém que está precisando ou por solicitação de conhecidos.
O deputado Ney Leprevost, presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Paraná, afirma que a falta de conhecimento e alguns tipos de preconceitos são barreiras a serem vencidas quando o assunto é doação de sangue: Estima-se que cerca de três mil pacientes precisem de unidades de sangue por mês somente no Hospital de Clínicas da Federal. A quantidade de doadores corresponde à metade do que seria o ideal de coleta. Trata-se de um procedimento simples e rápido, que pode salvar vidas. Quem doa sangue se mantém saudável, pois fortifica seu organismo renovando as células sanguíneas, elucida o deputado, que já foi presidente da Associação dos Amigos do HC.
Gói Mello, presidente da Comissão do Biobanco, setor responsável pela coleta e armazenamento de sangue e plaquetas no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Banco de Sangue do HC relata a situação do setor:Conforme a temperatura diminui e o número de viroses aumenta, o Banco de Sangue do Hospital de Clínicas da UFPR sente na pele as conseqüências. O número de doadores, que já está abaixo do esperado, se torna ainda menor. Atualmente, são feitas cerca de 30 doações por dia, mas o ideal seria receber no mínimo 80 doadores. O número de doações diminuiu 70% nesta semana, com relação às semanas anteriores, afirma.
Segundo o Banco de Sangue do HC, há necessidade de todos os tipos de sangue, sendo que os que estão em maior falta são os tipos A negativo e O negativo . Estima-se que 1,7% da população brasileira doe sangue eventualmente. O doador voluntário que doa continuamente é sempre submetido a exames rotineiros. Além de se educar quanto à doenças transmissíveis, o seu sangue é de maior segurança, também diminuindo a proporção de inaptos à doação, que chega a 20% em nosso serviço. Uma diminuição brusca do número de doadores pode fazer com que cirurgias eletivas sejam suspensas. Pacientes que necessitam de transplantes podem, inclusive, vir a falecer se o estoque de sangue não for suficiente.
O procedimento para a doação de sangue é simples. Ao chegar ao Banco de Sangue para uma primeira doação, portando documento, a pessoa fará um cadastro. Logo em seguida, passará por um teste de anemia e de pressão arterial. Não tendo problemas nessas avaliações, o doador terá que responder um questionário, que contará com perguntas sobre a sua saúde atual e passada. A doação em si, dura em torno de cinco a dez minutos. Um hospital, segundo Veiga, não funcionaria sem um Banco de Sangue. Por isso, considera que é importante não esperar que alguém da família precise de doadores.
Para ser um doador de sangue, o voluntário precisa atender a alguns itens definidos pelos hospitais para que o doador e o receptador que garantem a segurança de ambos. São eles: ter idade entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e ser saudável.
Serviço:
O Banco de Sangue do HC que funciona de segunda a sexta-feira das 7h30 às 18h, e sábado das 9h30 às 15h.
Rua Agostinho de Leão Jr, 108, esquina com General Carneiro (prédio central do HC).
Mais informações pelos fones: 3360-1875