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O Perigo Mora ao lado

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“De modo paulatino, mas inequívoco, Chávez faz sua escalada autoritária, erodindo os pilares que sustentam a democracia”

Editorial do Jornal Folha de São Paulo (25 de maio de 2007)

Quando apresentei na Assembléia Legislativa a moção de repúdio que tornou o presidente da Venezuela, coronel Hugo Chávez Frias, persona non grata no território do Estado do Paraná, fui duramente criticado por alguns setores da esquerda mais radical. Embora respeite a opinião dos que discordam de minha iniciativa, pedagógica para certas autoridades brasileiras, e principalmente paranaenses, que idolatram o líder populista, os fatos históricos estão comprovando que a posição que adotei em relação ao nosso vizinho venezuelano é a correta.

Acredito firmemente na democracia e creio ser a liberdade, um bem tão supremo quanto à vida. Afinal, de que valeria a vida se não pudéssemos expressar o que sentimos, dizer o que pensamos e fazer o que bem quisermos desde que nossas atitudes não causem danos ao próximo?

Ao matar a mais antiga e mais popular rede de televisão de seu país, Chávez tenta eliminar a possibilidade de seu governo ser alvo de críticas. O pior é que a programação da RCTV foi substituída por uma TV estatal, que evidentemente fará propaganda do presidente da República, cujo objetivo é se perpetuar no poder. Tanto que o mesmo já designou um conselho de 11 membros encarregados de reformar a Constituição fazendo com que a reeleição para presidente possa ocorrer indefinidamente.

Algumas pessoas, menos atentas ao cenário político da América Latina, questionam a atenção que dou ao “tema Chávez”. Afirmam que um parlamentar estadual deveria estar se dedicando apenas a assuntos inerentes ao dia a dia dos cidadãos como saúde, educação e segurança. Concordo que as mazelas nestes setores merecem prioridade, porém não posso me omitir diante das arbitrariedades que ocorrem ao lado do nosso país e que não recebem um único protesto das autoridades brasileiras.

Devemos nos lembrar que a Venezuela faz fronteira com o Brasil, que Chávez está armado até os dentes (só em 2005 comprou 100 mil fuzis Kalashnikov da Rússia) e que sua personalidade megalomaníaca faz com que acredite ser o grande líder do continente, tentando ampliar seu leque de poder, a exemplo do que fez na Bolívia ajudando a eleição do reacionário Evo Morales. O perigo mora ao nosso lado, mas precisamente ao lado da floresta Amazônica.

Os brasileiros que acreditam na democracia têm o dever de externar sua opinião contra políticos como Chávez. Os regimes totalitários, de esquerda e de direita, só existiram porque pessoas de bem se omitiram diante do surgimento de líderes como Stálin, Hitler e Mussolini.

O mínimo que devemos fazer é exigir do Presidente da República, dos governadores, dos senadores e deputados que repudiem publicamente os atentados à democracia perpetrados pelo presidente da Venezuela, sob pena de, caso não venham a fazê-lo, nos darem argumentos para imaginar que são coniventes com a ditadura e só não agem como Chávez por falta de oportunidade.    

Ney Leprevost, 33 anos, deputado estadual.

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