Deputados estaduais vão ouvir queixas da classe sobre repasses do SUS

Nesta quarta-feira (05) diversas associações representantes da classe médica estarão na Assembléia Legislativa em busca de apoio da Comissão de Saúde na sua luta por um reajuste nos repasses do SUS. Atualmente o Sistema Único de Saúde remunera o médico com R$ 2,04 por consulta normal e R$ 7 por consulta especializada.

Todos os procedimentos médicos têm um valor mínimo, ditado por uma tabela chamada Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Segundo a Associação Médica do Paraná, para que a remuneração fosse digna, os valores deveriam chegar a, no mínimo, 20% a 30% dos valores da tabela. Desta forma, o médico poderia receber, pelo menos, R$12 em uma consulta que, pela CBHPM, custaria R$ 60,00.

O convite para que os médicos compareçam a Assembléia Legislativa foi feito pelo presidente da Comissão de Saúde, deputado Ney Leprevost, que tem unido esforços para deixar sempre aberto um canal de comunicação entre entidades e o legislativo. “O repasse do SUS é o mesmo desde 1999. A reivindicação é justa. Vamos ouvi-los e cobrar providências do governo federal”, diz Ney, que defende uma remuneração condizente com a importância da profissão.

Para o Dr. Mário Ferrari, presidente do Sindicato dos Médicos do Paraná, além do desfalque no repasse do SUS, outras preocupações dos médicos são o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, a regulamentação da Emenda 29 e o aumento do repasse da CPMF para a saúde. “Estamos construindo uma pauta de reivindicações e é bastante válida essa conversa com a Comissão de Saúde. A iniciativa política deve ser de todos”, defende Ferrari.