No Brasil, uma reportagem do Fantástico, revelou que entre oito hotéis avaliados, três mantiveram os mesmos lençóis e fronhas entre a hospedagem de um e outro cliente.
Segundo estudo realizado pela Amerisleep, em fronhas e lençóis mantidos nas camas por períodos entre uma a quatro semanas podem possuir até 3 milhões de bactérias. Esse número é 17,4 mil vezes maior do que o encontrado em um banheiro sujo.
Pensando nisto, o deputado Ney Leprevost presidente da Frente Parlamentar da Medicina na Assembleia Legislativa protocolou projeto de lei estabelecendo que todos os hospitais, hotéis e motéis do Paraná troquem lençóis, fronhas e toalhas quando houver alteração de pacientes ou hóspedes.
O projeto conta com o apoio do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (SEHA), que tem como objetivo agir em defesa dos interesses e direitos dos integrantes da sua categoria de hospedagem e alimentação em Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná.
Já lençóis com uma semana de uso tinham 5 milhões de bactérias. Dormir com roupas de cama não lavadas regularmente pode causar ou agravar uma série de condições, como acne e alergias.
Outros micro-organismos encontrados incluem ácaros e fungos.
Dada a quantidade de bactérias, que podem se acumular em fronhas e lençóis, os especialistas indicam que as trocas devem ser feitas semanalmente para minimizar os riscos à saúde.
De acordo com o texto do projeto, a troca de lençóis, fronhas e toalhas deverá ser realizada antes da entrada de um novo paciente ou hóspede. A lavagem dos itens deverá seguir as diretrizes estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ou outro órgão competente, visando a desinfecção completa e a eliminação de possíveis focos de contaminação.
Os estabelecimentos deverão manter, em local visível, informações claras sobre os procedimentos de troca de roupas de cama e banho, a fim de garantir transparência e confiança aos pacientes e hóspedes.
Hospitais, hotéis e motéis deverão disponibilizar, sempre que necessário, um registro ou protocolo de controle que comprove a troca e a correta lavagem dos itens mencionados, com vistas a fiscalizações por parte dos órgãos competentes.
“Manter uma rotina regular de troca da roupa de cama vai além de questões estéticas, tem um impacto direto na saúde. A acumulação de ácaros, sujeira e suor nas camas pode contribuir para alergias respiratórias, como asma e rinite. Além disso, a troca frequente ajuda a manter a pele mais saudável, evitando irritações e alergias cutâneas”, afirmou Leprevost.
(Via assessoria de imprensa)