Em 2024, foram registrados 4.562 boletins de ocorrência por médicos vítimas de ameaças, injúria, desacato, lesão corporal, difamação e furto em locais de trabalho. Já uma pesquisa nacional de 2025 revelou que 8 em cada 10 profissionais de saúde afirmam ter sofrido algum tipo de violência, que vai desde xingamentos e intimidações até agressões físicas e ameaças de morte.
Os números são alarmantes: o número de casos de violência contra médicos aumentou 68% na última década, chegando a uma média de 12 agressões por dia apenas em 2024. Entre 2013 e 2024, quase 40 mil casos foram registrados no Brasil. O estado de São Paulo lidera o ranking de ocorrências, seguido por Paraná e Minas Gerais, e as principais vítimas são mulheres.
Entre as principais causas da violência estão a demora no atendimento e a precariedade das estruturas de saúde, fatores que geram insatisfação e fazem com que pacientes e familiares, muitas vezes, direcionem sua revolta aos profissionais. Além dos médicos, a equipe de enfermagem também enfrenta aumento nas agressões, conforme aponta levantamento recente do Coren-SP. Em grande parte dos casos, os agressores são pacientes ou familiares.
Diante desse cenário, o deputado Ney Leprevost participou, nesta semana, de uma reunião na presidência da Assembleia Legislativa com representantes do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e do Conselho Estadual de Enfermagem do Paraná (Coren-PR). O encontro discutiu a elaboração de um projeto de lei que institui o “Botão do Pânico” para médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da saúde em todo o Estado.
A proposta, desenvolvida em conjunto com um grupo de parlamentares liderados pelo presidente da Comissão de Saúde, deputado Tercilio Turini, tem como objetivo proteger os profissionais e garantir mais segurança no exercício da profissão, valorizando quem dedica a vida a cuidar da população.
(Via assessoria de imprensa)



