O deputado Ney Leprevost, presidente da Frente Parlamentar da Medicina, protocolou na Assembleia Legislativa dois projetos de lei que têm como objetivo salvar vidas e reduzir sequelas causadas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das doenças que mais matam e incapacitam pessoas em todo o mundo.
Os projetos foram sugeridos pela Dra. Viviane Flumignan Zetola, médica neurologista, professora associada de Neurologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutora em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP), referência nacional em doenças cerebrovasculares, cuja atuação une assistência, ensino e pesquisa com o propósito de ampliar o conhecimento e aprimorar o diagnóstico e o tratamento do AVC.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC afeta mais de 13 milhões de pessoas por ano e provoca quase 6 milhões de mortes. No Brasil, ocorrem cerca de 400 mil casos anuais, resultando em aproximadamente 100 mil óbitos. No Paraná, milhares de pessoas sofrem com a doença, muitas delas enfrentando sequelas graves que comprometem a qualidade de vida.
O primeiro projeto apresentado por Leprevost estabelece diretrizes para organizar e fortalecer a linha de cuidado às pessoas acometidas por AVC no Sistema Estadual de Saúde.
A proposta busca integrar todas as etapas do atendimento, da prevenção e diagnóstico precoce ao tratamento de urgência e à reabilitação , criando fluxos assistenciais contínuos e mais eficazes.
Entre as diretrizes estão: campanhas educativas sobre sinais e fatores de risco do AVC; capacitação de profissionais de saúde para o reconhecimento rápido dos sintomas; prevenção de doenças associadas, como hipertensão e diabetes; uso de protocolos clínicos baseados em evidências científicas; ampliação da telemedicina, oferecendo suporte diagnóstico a unidades de menor complexidade; integração entre hospitais, serviços de urgência e centros de reabilitação.
O segundo projeto propõe a instalação de placas e cartazes informativos em locais públicos de grande circulação, como terminais de transporte, escolas, repartições e hospitais.
Esses materiais terão orientações claras sobre como identificar os sinais de um AVC e acionar o socorro de forma imediata, por meio do SAMU (192).
A proposta recomenda o uso da Escala SAMU, método simples e de linguagem acessível que facilita a identificação dos sintomas: “sorriso: peça para a pessoa sorrir — se o sorriso ficar torto, pode ser AVC. abraço: peça para levantar os braços — se um não levantar, pode ser AVC. mensagem: peça para repetir uma frase — se não conseguir, pode ser AVC. urgente: na presença de um ou mais desses sinais, ligue 192 (SAMU)”.
A iniciativa tem caráter educativo e voluntário, podendo ser adotada por órgãos públicos e privados, sem gerar impacto orçamentário direto. O projeto respeita a autonomia do Sistema Único de Saúde (SUS) e visa levar informação acessível à população, fortalecendo a cultura de prevenção e resposta rápida.
(Via assessoria de imprensa)



