Um grave acidente registrado na noite desta terça-feira (22), na Avenida Paraná, em Curitiba, reacendeu o debate sobre as linhas férreas em áreas urbanas. Um trem da concessionária Rumo colidiu com um ônibus biarticulado, deixando 11 pessoas feridas. O impacto da batida foi tão forte que partiu o coletivo em duas partes. Por pouco, a situação não terminou em tragédia.
Diante da gravidade do caso e do histórico de acidentes envolvendo trens na capital paranaense, o deputado Ney Leprevost, presidente da Comissão de Obras, Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa, voltou a cobrar do Ministério dos Transportes, através de expediente oficial, um plano efetivo para a retirada das linhas de trem das áreas urbanas do Paraná.
Segundo dados do Ministério da Saúde, Curitiba é a segunda capital brasileira com mais mortes em acidentes ferroviários nos últimos cinco anos — 31 óbitos entre 2019 e 2023. No mesmo período, o Paraná registrou 129 mortes, sendo o terceiro estado com mais ocorrências.
“É urgente encontrar uma solução técnica e viável para retirar os trilhos das regiões densamente povoadas. A convivência entre o transporte ferroviário e o transporte coletivo urbano precisa ser revista com responsabilidade e priorizando à segurança da população”, afirmou Ney.
O parlamentar já apresentou requerimentos na Assembleia Legislativa solicitando informações sobre tratativas com a ANTT e outras autoridades competentes para viabilizar o desvio ou a readequação das linhas férreas que cortam os centros urbanos paranaenses. Leprevost tem reiterado a importância de um esforço conjunto entre os entes federais, estaduais e municipais, além das concessionárias, para garantir uma resposta eficaz a essa demanda histórica.
“Trata-se de uma questão técnica, de planejamento urbano e, principalmente, de preservação de vidas. O transporte ferroviário é fundamental para a economia, mas precisa estar alinhado com a segurança e o bem-estar da população que vive nas cidades afetadas por essas rotas”, reforçou o deputado.
O acidente desta semana reforça a necessidade de se incluir a retirada ou redirecionamento das linhas férreas urbanas nas discussões sobre a nova concessão federal do sistema ferroviário, prevista para vigorar a partir de 2027.
“Estamos à disposição para contribuir com soluções e dialogar com todos os envolvidos. Nosso objetivo é proteger vidas e construir um Paraná mais seguro para todos”, concluiu Ney Leprevost.
(Via assessoria de imprensa)