Cerca de três mil pessoas reuniram-se ontem na manifestação batizada de Ato para evitar o apagão da saúde em frente ao Congresso Nacional. Entre as principais reivindicações estão a regulamentação da Proposta de Emenda Constitucional 29, que garante que o estado invista 12% do orçamento na área da saúde, e o reajuste da tabela do SUS.
No Paraná, diversas pessoas também já manifestaram preocupação quanto a situação da saúde pública. Uma delas foi o deputado estadual Ney Leprevost, que na última semana enviou expedientes ao presidente da República, aos Ministros da Saúde, da Fazenda e do Planejamento alertando que a defasagem no reajuste da tabela do SUS está prestes a inviabilizar as entidades que atendem os pacientes do Sistema Único de Saúde.
Segundo estatísticas no Brasil, a cada semana um hospital fecha suas portas, e no Paraná desde 1994, mais de 100 hospitais ou clínicas de grande porte deixaram de atender. Somado a isso, o número de leitos no estado diminuiu em 15 mil, passando de 45 para 30 mil, sendo que 8 mil não atendem pelo Sistema Único de Saúde.
Há algum tempo venho chamando atenção das autoridades para esse problema. Se o governo federal não tomar medidas urgentes, o sistema de saúde enfrentará um colapso, um verdadeiro apagão, afirma Ney.



